I Seminário da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha promovido pela Federação Metodista de Mulheres ocorreu na última terça-feira (25)
O dia 25 de julho celebra o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. No Brasil, a data foi incluída no calendário comemorativo em 2014.
Para comemorar a data, a Federação Metodista de Mulheres, a Pastoral de Combate ao Racismo e a Pastoral da Mulher da 2ª Região Episcopal promoveram o I Seminário da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, realizado na Unidade Central do Centro Universitário Metodista – IPA na tarde da última terça-feira (25).
A presidente da Federação Metodista de Mulheres e coordenadora da Pastoral de Combate ao Racismo da 2ª Região Eclesiástica, Sra. Eva Regina Pereira Ramão, destacou a importância do evento como um marco para o metodismo. “Há 35 anos as pastorais compostas por irmãos e irmãs negros vêm lutando e obtivemos algumas vitórias. A igreja enquanto instituição está acompanhando isso conosco, mas a igreja como um todo não. Então, no momento em que as mulheres do Sul estão juntas nessa luta, a esperança de fazer boas coisas e melhorar a vida de mulheres e também de homens é grande. Gostaria de ressaltar que estão juntas a Federação de Mulheres Metodistas, a Pastoral de Combate ao Racismo e a Pastoral da Mulher da 2ª RE. Esta é a primeira vez que ocorre um evento assim no Brasil, então isso é muito importante para a nossa caminhada”, conta.
O evento contou com a presença das seguintes autoridades na mesa de abertura: a presidente da Federação Metodista de Mulheres e coordenadora da Pastoral de Combate ao Racismo da 2ª Região Eclesiástica, Sra. Eva Regina Pereira Ramão; o reverendíssimo bispo Luís Vergílio Batista da Rosa; a assessora episcopal da Federação Metodista de Mulheres da 2ª Região, pastora Maria da Graça Vilagran; o coordenador do Núcleo de Estudos Educação, Diversidade e Direitos Humanos do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu do IPA, Prof. Dr. Clemildo Anacleto; e a representante da Pastoral Universitária, Rev. Joziane Esther Silvério.
Durante o seminário, alguns temas foram debatidos, como: “Visão da Igreja Metodista sobre o Racismo”, ministrado pela Psicóloga Raquel Hack da Rosa; “Como o racismo afeta a integridade física e mental das mulheres negras”, apresentado por Carla Beatriz do Nascimento e Mara Lenise Duarte, psicólogas e integrantes da ONG Negaativas – Coletivo de Ações das Mulheres Pretas; e “Mulher Negra e o SUS”, comandado por Rosiane Maiato de Oliveira, socióloga e integrante da ONG Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras. A psicóloga Silvia Regina Ramão mediou o debate.
O reverendíssimo bispo Luís Vergílio Batista da Rosa ressaltou a importância da luta contra o racismo. “Este seminário é um grito para quebrar com este silêncio. Nós precisamos discutir este tema na universidade, na igreja ou em qualquer outra instituição, principalmente nas nossas casas. Que seja uma prática de desconstrução de um olhar que vem sendo construído ao longo de quase 400 anos de escravidão”, afirma.
Ao final, foram realizadas perguntas para as convidadas. O evento contou com o apoio do Núcleo de Estudos Educação, Diversidade e Direitos Humanos do Centro Universitário Metodista – IPA.