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Projeto do IPA conquista Menção Honrosa do 7º Prêmio de Reabilitação Profissional e Gestão dos Afastamentos – 2017

por raissa.ferreira última modificação 16/10/2017 15h39
Bota preventiva de úlcera por pressão foi desenvolvida em parceria com outras instituições
Projeto do IPA conquista Menção Honrosa do 7º Prêmio de Reabilitação Profissional e Gestão dos Afastamentos – 2017


O Centro Universitário Metodista – IPA conquistou Menção Honrosa no 7º Prêmio de Reabilitação Profissional e Gestão dos Afastamentos – 2017, concedido pelo Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial (CBSSI), organização ligada à capacitação de profissionais com atividades relacionadas aos temas de reabilitação, inclusão, acessibilidade, responsabilidade social e promoção da saúde.

O IPA recebeu a Menção Honrosa no 10º Congresso de Habilitação Profissional por conta do projeto “Bota preventiva de úlcera por pressão”, que tem como objetivo a prevenção da úlcera por pressão na região em calcâneo em pacientes imobilizados, atendendo às diretrizes internacionais de prevenção e às normas de controle de infecção hospitalar.

Ricardo Pavani, docente do Programa de Pós-graduação Mestrado em Reabilitação e Inclusão, explica que a “a úlcera por pressão é uma lesão localizada na pele e que pode se estender aos tecidos subjacentes, geralmente ocorrendo sobre uma saliência óssea como resultado de pressão isolada ou combinada com fricção ou cisalhamento”, um problema comum aos pacientes hospitalizados por longos períodos.

Segundo o professor, a úlcera por pressão permite a contaminação por micro-organismos que causam infecção e retardam o processo de cicatrização, pois a ausência da barreira de proteção da pele expõe os tecidos, permitindo sua entrada. A infecção localizada na ferida, ao atingir a corrente sanguínea, pode se espalhar pelo corpo causando um quadro de septicemia que pode levar à morte do paciente.

A bota desenvolvida, então, pode auxiliar na prevenção deste problema na região calcânea desses pacientes. “A parceria entre profissionais da área da saúde e engenharias, como fisioterapeutas e profissionais de educação física com profissionais da engenharia de matérias e engenharia de produção, resultou em um symbios cognitivo com grande potencial para o desenvolvimento de projetos com foco no uso da tecnologia na reabilitação”, conta.

Uma equipe de pesquisadores interinstitucional desenvolveu o projeto, com a participação do Centro Universitário Metodista - IPA, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Instituto Federal (IFSUL) e Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

Projetos em andamento

O docente relata, ainda, que os mestrados do IPA seguem no desenvolvimento de outros projetos importantes. Um deles é o Ergômetro Linear que tem como objetivo avaliar a funcionalidade e força muscular a curto e longo prazo em pacientes críticos submetidos à um protocolo de mobilização precoce com o ergômetro linear.

Outro projeto de destaque é o “design e tecnologia assistiva: desenvolvimento de protetores para aparelho auditivo retroauricular para prática desportiva”. Esse projeto visa demonstrar, com atividades clínicas, educativas e esportivas, que com o desenvolvimento de um protetor para aparelho auditivo retroauricular, a prática desportiva pode ser qualitativamente muito mais inclusiva, permitindo a pessoa com deficiência auditiva a prática desportiva independente, segura e ergonômica.

“A sociedade, de modo geral, está constantemente se beneficiando dos progressos da tecnologia sem, muitas vezes, ter consciência disso. A sociedade usufrui de tecnologia, na medida em que a realização dessas atividades pressupõe a presença de recursos tecnológicos em algum estágio do processo, este é um dos pilares do PPG-RI, contribuir com a sociedade em simbiose com a tecnologia e os processos de reabilitação, sejam físicos ou psicológicos”, declara o professor.

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