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Estagiários de Nutrição do IPA criam atividades e vídeos com receitas saudáveis especialmente para crianças do Instituto do Câncer Infantil

por Admin última modificação 23/12/2020 16h01
Estagiários de Nutrição do IPA criam atividades e vídeos com receitas saudáveis especialmente para crianças do Instituto do Câncer Infantil
Estudante Sabrina Vallar ensina uma das receitas saudáveis em vídeo - Foto: arquivo pessoal

A parceria entre o Centro Universitário Metodista IPA e o Instituto do Câncer Infantil (ICI) rendeu muito mais do que apenas uma experiência de estágio para os estudantes de Nutrição da instituição que passaram pelo local em 2020. Além de terem a oportunidade de criar diversas atividades para as crianças e os adolescentes que lá são atendidos, o trabalho rendeu uma série de receitas nutritivas e saudáveis gravadas em vídeo para que os pais possam também reproduzir em casa.

Um dos vídeos já está pronto. Para acessar, basta clicar aqui. Os outros serão enviados em breve às famílias dos pacientes atendidos no local.

As receitas foram preparadas pelos estudantes Sabrina Vallar e Rafael Magnabosco, usando os tipos de alimentos que as famílias recebem na cesta básica que ganham do ICI. Assim, as receitas não apenas são acessíveis para os pais como ajudam para que nenhum alimento seja desperdiçado. 

"Foi uma experiência indescritível. Literalmente colocamos a mão na massa, fazendo preparações e proporcionando para os familiares, que ficavam se sentindo muito queridos. Mostramos como é fácil e acessível se alimentar de forma saudável, fazer preparações mais nutritivas e também mais acessíveis", explica Sabrina, que teve a ideia de fazer os vídeos diante da impossibilidade de organizar uma oficina presencial devido à pandemia. 

O trabalho dos estudantes foi mais do que aprovado pela nutricionista do Instituto do Câncer Infantil, Belisa Carvalho de Barros Mello de Oliveira . "Passaram muitos acadêmicos bons por aqui e que agregaram muito no meu trabalho", diz. 

Ela conta que, no local, a Nutrição é trabalhada em dois momentos. O primeiro deles é o atendimento clínico, em que ela própria faz as consultas com as crianças. Já o segundo ocorre na Copa da Família, que é um espaço designado para os pacientes e seus acompanhantes realizarem um lanche, tanto no turno da manhã quanto da tarde. 

E é nesse último local em que os estagiários atuam. De acordo com a nutricionista do ICI, enquanto as voluntárias fazem a parte mais prática, de servir e preparar alguns alimentos, os acadêmicos ficam responsável pela parte técnica, como controle de temperatura, armazenamento de alimentos, controle do estoque, além do trabalho de educação nutricional. Eles também orientam as voluntárias no preparo de receitas mais saudáveis, substituições de alimentos mais adequados para as crianças e para o tratamento e tiram algumas dúvidas das mães quanto à alimentação da criança.

Além disso, durante o período de estágio, cada estudante precisa preparar pelo menos uma atividade com as crianças e adolescentes. Essa ação pode ser realizada tanto na Copa da Família quanto na área de recreação do Instituto. 


Atividades

Entre as atividades propostas pelos alunos do IPA que passaram pelo ICI, estão dois e-books. O primeiro, produzido pela estudante Victoria Meneghini, teve o objetivo de ensinar os pais a como montar uma horta em casa. Já o segundo, também voltado para as famílias, foi proposto pela aluna Amanda Eifler e era sobre o uso de temperos naturais para dar sabor aos alimentos de forma saudável. 

Além dos alunos já citados, as estudantes Caroline Beskow e Sarita Fischer também participaram de diversas atividades. As brincadeiras propostas por todos eles ajudaram a mostrar a importância de uma alimentação saudável e nutritiva. 

Na atividade intitulada de “Os Nutriamigos”, por exemplo, as crianças assistiam a um vídeo sobre educação e depois pintavam em uma folha sobre alimentação saudável. 

Em outra ocasião, foi montada uma boca de papelão com cores simulando os receptores de sabores presentes na língua, no paladar. Os pequenos precisavam encaixar tampinhas nas cores. Assim, além de trabalhar a Educação Nutricional, ainda foi trabalhada a coordenação motora. 

Também foi criado um desenho de leão com a boca aberta. Brinquedos simulando alimentos foram então disponibilizados para as crianças, que deveriam colocar na boca do animal. Entretanto, apenas os alimentos saudáveis passavam por ali.

As atividades também incluíram sucos com as misturas que as próprias crianças escolheram fazer e a simulação de um mini-mercado com alimentos de brinquedo. Nesse último caso, as crianças brincavam de fazer as compras e aprendiam como fazer boas escolhas de alimentação saudável. 

Já na atividade Semáforo dos Alimentos, os acadêmicos puderam fazer uma intervenção mais individualizada para cada criança, de acordo com o que a Nutricionista do ICI havia avaliado no atendimento com o paciente. Assim, determinado alimento tinha uma cor de semáforo diferente, de acordo com o manejo nutricional que cada um necessitava. 

Além de tudo isso, um cartaz foi colocado na Copa. Cada vez que uma criança come uma fruta no local, ela pode colocar o seu nome no papel e se tornar um Herói da Fruta por um dia. Ou seja, uma proposta que estimula a ingestão desse tipo de alimento. 

De acordo com a supervisora do estágio, Profa. Me. Karoline Basquerote, todas essas atividades tiveram um retorno positivo não apenas de quem trabalha no ICI como também das famílias das crianças lá atendidas.

“Eu fiquei muito orgulhosa deles, pois tive um retorno das famílias em relação ao trabalho que realizaram. E isso reflete um pouco o que a gente tenta fazer no curso de Nutrição do IPA, que é tentar fazer do curso algo mais humanizado", diz Karoline.

A supervisora explica que não basta só conhecer a teoria. É preciso ir além e entender que o paciente é único e que é necessário adaptar o que aprendeu de acordo com cada necessidade. 

"Isso todos os estagiários do IPA conseguiram fazer muito bem dentro do Instituto. Eles conseguiram tocar a família como um todo, trabalharam não só como estagiários preocupados em trabalhar com a alimentação, mas agiram como seres humanos, foram humanos com as outras pessoas e famílias que estavam atendendo. E isso foi muito lindo”, conclui.

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